5.4.08



DESMATAMENTO AUMENTA EM PORTEL


De Brasília - Um estudo da organização sem fins lucrativos Imazon mostra que o desmatamento aumentou pelo menos dez vezes nas áreas protegidas - terras indígenas e áreas de reservas estaduais e federais - no Estado do Pará no último ano em relação ao ano anterior. No período entre agosto de 2006 e julho de 2007, 24% do desmatamento ocorreu nessas áreas protegidas - 411 quilômetros quadrados, de um total de 1.726 quilômetros quadrados em todo o Estado.

"Antes o desmatamento chegava na porta das áreas de preservação e parava. Agora mudou", afirmou. O que está acontecendo agora, diz o pesquisador, é uma guerra de força na qual os que promovem o desmatamento estão "testando o governo" para ver se o Poder Público será capaz de colocar em prática a proteção que já existe no papel. "O governo criou as áreas de proteção, mas não tomou conta", afirma. O dado de agosto deste ano é ainda mais alarmante: mostra que 65% do desmatamento ocorreram em áreas protegidas, dos quais 38,3% em terras indígenas. Esse número ainda deve ser revisado, no entanto, porque uma parte do Estado não pôde ser visualizada pelos satélites de monitoramento por causa da grande quantidade de nuvens no céu do Pará em agosto. De acordo com o pesquisador, essa falha na leitura por causa das condições meteorólogicas pode ser responsável por parte da redução do desmatamento no Estado em agosto. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o Imazon apurou uma redução de 54% na área desmatada. Cerca de 10% do território do Estado não puderam ser monitorados, uma área ao longo da calha do rio Amazonas entre Santarém e Portel, onde normalmente ocorre desmatamento.
O ritmo da exploração madeireira no município de Portel, ilha do Marajó, tem assustado até técnicos do Ibama: algo em torno de mil metros cúbicos por dia.
Fonte :ORM

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