5.4.08


Crimes ambientais proliferam no Marajó


O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e soldados do Batalhão de Policiamento Ambiental da PM apresentaram ontem o resultado da segunda versão da Operação Marajó no ano passado, que terminou com 55 autos de infração, que correspondem a R$ 600 mil em multas, 45 termos de apreensão e depósitos, notificações e advertências. O município de Portel aparece, entre doze municípios vistoriados, com grande incidência em ações criminosas envolvendo extração e beneficiamento ilegal de palmito, extração de madeira, prisão de animais silvestres para venda e outros.
A Operação Marajó foi executada a partir de denúncias recebidas pelo Ibama em Belém, ao longo do rio Guajará, Barcarena, Ponta de Pedras, Bagre, Curralinho, Afuá, Portel, São Sebastião da Boa Vista, Pacajás, Muaná, Breves e Abaetetuba. Foram apreendidos em Bagre 50 quilos de palmito extraído e beneficiado ilegalmente; uma pistola, próximo de Barcarena; 384 metros cúbicos de madeira serrada de várias espécies e 1.972 metros cúbicos de madeira em toras em vários municípios. Em Portel, foram confiscados 15 quilos do cipó conhecido como timbó, utilizado para dopar peixes nas águas dos rios; dois tratores (esteira e Skider) foram apreendidos em Portel;
Animais - Foram resgatados em Portel e Breves animais vivos: quatro periquitos, duas preguiças, três jacarés e 39 jabotis, que estavam para ser vendidos, mas foram encaminhados para a Floresta Nacional de Caxiuanã, no município de Melgaço, onde o Museu Paraense Emílio Goeldi tem uma estação de pesquisa para análise dos animais e posterior retorno ao habitat natural. Sessenta quilos de carne de caça (animais abatidos e salgados), como camaleão, capivara e jacaré, foram repassados para a Prefeitura de Portel. Foram apreendidas duas serras utilizadas em derrubada ilegal de árvores. Não houve prisões na Operação, mas foi retirado o material ilegal e feita a conscientização das comunidades ribeirinhas sobre a preservação ambiental.
Na chegada ontem a Belém, na tarde de ontem, os 20 integrantes da Operação Marajós, sendo dez do Ibama e dez do BPM, capitaneados pela 1ª tenente Valéria e pelo fiscal Francílio Neto, trouxeram a bordo do barco "Leonardo Luís" uma mostra do material apreendido para a sede do Ibama. Os autos de infração serão encaminhados para o Ministério Público Federal. Na primeira versão da Operação Marajó, nos meses de agosto a setembro, foram lavrados 74 autos de infração englobando cerca de R$ 1,8 milhão em 37 dias de atividades de fiscalização e educação ambiental ao longo dos rios e localidades do arquipélago, para prevenir e combater o risco de extinção da flora, fauna, comunidades e do próprio Marajó.

A FOLHA



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BATE PAPO PORTELENSE