31.5.08

Portel faz provas amanhã

Os candidatos do concurso da Prefeitura de Portel realiazarão as provas objetivas no domingo, das 9 às 12h, nas escolas Lourdes Brasil, Nicias Ribeiro e Paulino Brito. O exame terá duração de três horas. Para os concorrentes a agente comunitário de saúde serão aplicadas 25 questões de Língua Portuguesa, Matemática e Conhecimentos Específicos. Quem compete a uma vaga de agente de combate às endemias, será avaliado em 25 questões de Português e Matemática. No dia da avaliação é recomendável chegar com uma hora de antecedência, munido de cartão de inscrição no processo seletivo; carteira de identidade original com a qual se inscreveu; caneta esferográfica de tinta preta ou azul. A oferta é de 186 vagas para agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias. Ambos os cargos exigem o nível fundamental completo.

PORTEL URBANO FOTOS
















Nery critica senadores sobre os despropósitos de acabar operação Arco de Fogo

Da Redação
Agência Pará

O senador José Nery (PSOL) criticou o que chamou de “despropósito da comissão de senadores que ameaça obstruir a pauta do Senado enquanto o governo não suspender a operação Arco de Fogo”.
A crítica foi feita durante o lançamento pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Integração Regional, do Colegiado Territorial do Programa Territórios da Cidadania, em Portel, no arquipélago do Marajó, durante o último fim de semana.

“Essa comissão deveria avaliar os impactos ambientais que a extração irregular de madeira provoca e não pedir o fim da operação Arco de Fogo como principal proposta”, ensinou Nery.

“Quando o Estado brasileiro começa a tomar providências sérias para combater o desmatamento irregular, aqueles que sempre se beneficiaram do desmatamento, do trabalho escravo, da exploração do trabalhador, agora vem dizer que vão obstruir a pauta do Senado enquanto a operação não acabar”, atacou o senador do PSOL, arrematando: “Eles (senadores da comissão) têm que aprender a calar a boca e respeitar o povo”.

Dirigindo-se ao secretário de Integração Regional, André Farias, representante do governo do Estado, o senador Nery disse que o grupo do Senado que quer acabar com a operação “é a oposição de direita”, e que ele (Nery), assumiu o compromisso de apoiar o trabalho.

José Nery disse que convocou o bispo do Marajó, dom Luiz Azcona, para ser ouvido pela Comissão de Direitos Humanos sobre prostituição no Marajó, mas reconheceu que “o problema não é de agora, mas vem de cinco séculos de abandono da região”.
Texto: Paulo Jordão - SEIR

Comitiva do Territórios da Cidadania instala colegiado no Marajó

Neste sábado (19), a comitiva do Programa Territórios da Cidadania estará em Portel, no Marajó, para a instalação do Colegiado Territorial. Além da formação do colegiado, a comitiva organizará debate da matriz e homologação dos Planos das Ações Integradas do programa.

Somente para o Marajó o “Territórios da Cidadania” prevê o desenvolvimento de 52 ações para as áreas de Direitos e desenvolvimento social; Organização sustentável da produção; Saúde, saneamento e acesso à água; Educação e cultura; Infra-estrutura; Apoio à gestão territorial; e Ações fundiárias.

No sentido de monitorar essas ações no território, o governo federal estabeleceu como ferramenta para a gestão do plano os colegiados, os quais têm em sua composição prefeitos, vereadores, sindicalistas e outros representantes da sociedade civil.

Além do colegiado, o modelo de gestão do programa também dispõe de outra ferramenta, o Comitê de Articulação Estadual. Composto por órgãos do governo do Estado, o comitê está sob coordenação da Secretaria de Integração Regional (SEIR) e tem a atribuição de apresentar sugestões de novos territórios e ações, além de fomentar a articulação e integração das diversas políticas públicas.

Programa Territórios da Cidadania – O Pará é o Estado da Região Norte que mais receberá recursos do programa nesse seu primeiro ano. Os 57 municípios (situados nas cinco regiões) têm garantido uma soma de R$ 1.226 bilhão para o desenvolvimento de ações de desenvolvimento regional e garantia de direitos sociais voltados às regiões rurais.

Em resumo, o programa integrará as ações (já desenvolvidas pelo governo federal) no território. No Pará foram listadas 135 ações que beneficiarão os territórios paraenses (Baixo Amazonas, Marajó, Nordeste Paraense, Sudeste Paraense e Transamazônica). Essas ações estão organizadas em três eixos estruturantes (apoio a atividades produtivas, cidadania e direitos e infra-estrutura) e levarão aos 57 municípios a inclusão produtiva das populações pobres e a universalização de programas básicos de cidadania.

O critério para escolha dos municípios que compõem os territórios considerou os índices de IDH, regiões com maior número de assentamentos da reforma agrária, maior concentração de agricultores familiares, de comunidades quilombolas, de indígenas, assim como maior número de atendidos pelo Programa Bolsa Família.

O total de recursos (R$ 1.226 bilhão) está dividido da seguinte forma: o território da Transamazônica vai receber o maior volume de recursos: R$ 397,2 milhões. Em seguida vem o Baixo Amazonas (R$ 237,4 milhões), o nordeste paraense (R$ 234,7 milhões), o sudeste paraense (R$ 228,3 milhões) e o Marajó (R$ 128,4 milhões).

O investimento total previsto para este ano é de R$ 11,3 bilhões. Inicialmente são 60 territórios em todo o País, mas a meta é chegar a 120 em 2009. Mais de dois milhões de famílias de pescadores, agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas e comunidades tradicionais serão beneficiados pelas ações.

Território do Marajó

Recursos: R$ 128,4 milhões

Área: 104.6 mil Km2

16 municípios:- Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Soure

Total de ações: 52
População: 379.203 habitantes

Informação: Do total de habitantes, 231.908 (61,16%) vivem na área rural, o IDH médio do território é 0,63. O Marajó tem 24.597 agricultores familiares, 4.618 famílias assentadas, 22.284 pescadores, 17 comunidades quilombolas e uma terra indígena

Texto: Yuri Age - SEIR


Sobre a matéria “Lula anuncia eletrificação do Marajó”

publicada en vários blogs, acompanhada do sucinto comentário “Os furos de Breves”, o senhor José Varella ou “Zé Varela”, como ele caboclamente assina – pensavas que “caboclo” não dava advérbio? -, é oportuno e por isso estamos divulgando na nossa “rede”, que, esperamos, não seja de dormir, pois, acreditemos, se nos calarmos, ou, “Se calarem a voz dos profetas as pedras falarão”. (Sandra Rabelo)

Eis o comentário do senhor Zé Varela: (sic):

“Conterrânea Sandra Pontapedrense,Que saia justa, hen! A gente quer bater palmas e elogiar. mas, como diz o caboco; quem avisa amigo é... A crítica construtiva é melhor que o elogio barato. Não é? Então, vamos levando essa sina de remar contra maré até, um dia, a gente tomar pé na beira do igarapé onde canta a saracura.Brasília é longe. E a gente seria ingrato se não dissesse ao Lula, muito obrigado Presidente, em meter a cara no mato aqui com a gente. Nós Outros estamos no dito cujo, sem cachorro. já faz um par de tempos... Volte sempre Presidente. Que o primeiro que veio foi o General Geisel mas foi direto passando pra Soure no rumo das fazendas e foi embora sem dizer a que veio e adeus meu louro!... É duro ter que dizer a verdade como se a gente cuspisse no prato em que comeu. Mas, o Mestre disse "dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Qual o César que fala a verdade verdadeira? Deixa de bandalheira e me diz qual foi a arte que Maquiavel ensinou ao Príncipe?...Importante, mas a Mídia distraída não diz; que a visita presidencial ao esquecidíssimo Marajó com seu famosíssimo potencial ECOTURÍSTICO, CULTURAL, CIENTÍFICO, TECNOLÓGICO etecetera e tal tenha coincidido com a primeira reunião de Governadores (de fato de Governos estaduais / provinciais) do MERCOSUL... Essa combinação de Marajó & Mercosul terá futuro se depois do discurso for pra dentro das universidades e a discussão das empresas e dos cidadãos em cada canto da cidade. Se não, não adianta, não.A viagem sem precedentes do Presidente da gente, merecia outro enfoque... Agora vem essa estória do "Linhão"... Meu Deus, não vem com essa, não!!!... Ainda bem que se falou (envergonhadozinho, pra Mídia café-com-leite não dizer que é CLIENTELISMO (oh, palavrão nas redações da mídia caviar!), a outorga de TÍTULOS DE USO DE TERRAS DE MARINHA PELOS MORADORES RIBEIRINHO, estes nossos irmão servos da gleba, exilados das Sesmarias...Nem uma linhazinha de rodapé pra dizer que o projeto NOSSA VÁRZEA já ganhou prêmio de inovação no serviço público... Só deu linhão, e sabe por que? Pra faer crer que o povão vai ter bico de luz dentro da barraca na beira do igarapé fazendo teré-teré... Não vai dar pé. Por que? É IRRACIONAL... Linhão (a custa de um dinheirão pra molhar a mão de obras terceirizadas) chega e morre na beira, e olhe lá... a luz do outro lado atraindo o êxodo rural pra cidade entupida de gente saindo pelo ladrão. É dessas coisas de gabinete refrigerado com planejamento aloprado-esquizofrênico... O todo que vá para o Diabo!...Mas a culpa cai nas costas de quem? do Presidente e da Governadora num corre-corre maluco, e haja reunião até cansar e o mandato popular acabar!... Então, que venha outro e outra (mas, que não saia da linha, ou melhor do Linhão...)Estamos encurralados pela Mídia peso pesado e os donos do mundo! Há uma censura velada em plena Democracia... imagine se não houvesse internet hoje em dia como seria... Aquele caso da menina L. de Abaetetuba, vc. acha que teria repercussão sem televisão e foto pornô tirada por telefone celular?Não vamos nos enganar de alvo: Lula é refém do sistema herdado e precisa ser resgatado e Ana Júlia foi eleita pelo povo, a gente não pode dar tiro no próprio pé. Mas, dizer amém a tudo SEM GRITAR AI OS MEUS CALOS! Puxa vida, não se pode fazer papel de trouxa. A gente sabe muita estória de Tucuruí... Ainda bem que o Presidente meteu o dedo no buraco fundo da Vale que pra nós das ilhas ainda tem muito pouco valia, mas queira Deus ainda valerá com as bênção do Glorioso São Sebastião seja ele da Boa Vista ou da Cachoeira do Arari... Vísse!...A gente sabe do fundo do coração que Lula lá anda com o pensamento cá e em outras periferias onde a jeripoca mia e criança chora de fome. Não é culpa dele não, é esse tal de sistema global que põe cabresto geral. A nossa Governadora luta como leoa, mas não é fácil não...A gente sabe, a gente coompreende. Mas como dizia o maluco beleza Felipe Patroni, "o povo não é besta"... A gente agradece a gentileza da presença, mas a gente põe lá os pingos nos ii nessa estória de Cobragrande que é o tal linhão do dicussão de Tucuruí em primeiro plano... Pra quem foi o aceno meu mano? Pro caboclo ribeirinho ou pro madereio espertinho que eu não sei donde vem?Não vem, que tem...Vamos manter acesa a esperança sem apagar a lamparina. Só quem não conhece a "ilha" pode imaginar que o linhão de Tucuruí chegando aos quatro cantos... Paciência, chegando na beira do Parauau já é alguma coisa: Serrarias à vista! Mas, o dinheirão do linhão poderia ir primeiro noutra direção. Não é não, dona Conceição?Na barraca do tirador de açaí a eletricidade que vai chegar ainda não e'de Tucuruí. O choque não será do crescimento, mas do peixe elétrico poraqué (lá no Sul chaman de poraquê, não sei por que... Talvez porque nunca tomaram choque do bicho).a verdade verdadeira, mea mana, - diz o caboclo desconfiado - é que o Lula veio cá uma vez e os outros, nem seu Souza... Já é uma força. O que a gente queria era acabar com a MALARIA, melhorar de uma vez esse tal de TRANSPORTE pra cidade; cobertura total de BANDA LARGA em todas as escolas, essa novidade de TELE-MEDICINA e UNIVERSIDADE ABERTA...Ah, tem a desculpa das "consultas públicas"!... Mas, aí já é outra história... E o plano? Encrouo, será?Pra, nós Outros, o importante meu irmão não foi o discurso do linhão não... Se ele chegar no prazo em Portel já é um avanço. pra criar um pólo industrial na terra-firme e aí beneficiar a produção das Ilhas.Vamos manter a chama da esperança, sem apagar a lamparina (o que nos salva é o bolsa família, se não acabar a CPMF)... Te senta, mea mana. De pé, esperar cansa.

Zé Varela”

30.5.08

Enviado por Nil muniz



Festa na Senzala

Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, em nome de seu pai, D. Pedro II, sancionou a Lei Áurea e colocou um fim na escravidão no Brasil. Cento e vinte anos depois a realidade não é muito diferente

Nil Muniz

Quase 120 anos após a libertação dos escravos no Brasil a realidade não mudou muito. Desde 1995 o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) já libertou mais de 27 mil pessoas através dos chamados “grupos móveis”, considerado o principal instrumento de combate à escravidão e responsável por ter transformado o Brasil em referência internacional nessa área. Blitz são feitas de surpresa, geralmente motivadas por denuncias anônimas. Só em 2007, os números somam nada menos que 5.877 pessoas libertas, o que confirma que o problema é mais atual que nunca. Essa realidade, muitas vezes, só vem à tona através da “Lista Suja”, um temido cadastro realizado pelo MTE e que pública os nomes de empregadores flagrados na prática desse crime. Regulamentado pela portaria de 540/2004, a lista é atualizada a cada seis meses e as informações ficam disponíveis no site do ministério e lá permanecem por pelo menos dois anos, quando voltam a ser fiscalizadas e avaliadas. Caso os problemas sejam resolvidos durante esse período, seu nome pode enfim ser retirado do cadastro. A última atualização soma mais 189 nomes de pessoas físicas ou jurídicas flagrados praticando o crime.
A Pagrisa – Pará Pastoril e Agrícola S.A, produtora de etanol localizada no município de Ulianópolis, há 390 quilômetros da Belém (PA), foi flagrada em 30 de julho de 2007, com mais de mil trabalhadores em situação escravagista. Na ocasião, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) disse em nota que essa foi a maior operação do tipo já feita no Brasil, onde cerca de 160 locais de trabalho clandestinos foram encontrados pelas autoridades nos últimos anos. "As condições degradantes são sempre as mesmas. Nada, senão palha para se cobrir, sem banheiro, sem lugar para

guardar comida. É um ciclo que se repete com pequenas variações", disse um porta-voz do grupo de combate ao trabalho escravo do governo.
A empresa negou o fato, porém, os trabalhadores disseram que a Pagrisa começou a recrutá-los cerca de seis meses atrás. Migrantes nordestinos costumam ser contratados para trabalhar em lavouras amazônicas. Normalmente, eles pagam pelo transporte até as distantes plantações e então ficam escravizados por dívidas, já que precisam comprar alimentos e ferramentas a preços exorbitantes cobrados pelos próprios patrões. Com a inclusão da usina na “Lista Suja”, Petrobras, Esso e Texaco, por serem signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, anunciaram a interrupção de suas compras de etanol, em volume aproximado de 5 milhões de litros mensais, até que o caso se esclareça. “Sem essa receita, corremos o risco de fechar”, diz Marcos Zancaner, um dos proprietários da usina. De acordo com o Pacto Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, instituições financeiras signatárias deveriam cortar o crédito de clientes autuados pelo Ministério do Trabalho.
Na ocasião, o senado aprovou a criação de uma comissão liderada pelo Senador Flexa Ribeiro, para visitar a empresa e verificar in loco as acusações do grupo móvel e chegaram a afirmar que a acusação era exagerada e que a realidade era outra, o que gerou uma crise entre o Congresso e o Planalto, fazendo com que Ruth Vilela, chefa da Secretaria de Inspeção do Trabalho, suspendesse por quase um mês as fiscalizações no meio rural, como forma de chamar atenção para as críticas da comissão. Esse foi o primeiro episódio em que os políticos utilizaram sua influência para ajudar empresários insatisfeitos com a Lista Suja.

A Realidade do escravizado
É preciso esclarecer o que caracteriza a escravidão nos dias de hoje. Os escravos não são pessoas que apenas cumprem expediente além do horário ou que não tem carteira assinada. Geralmente, essas vítimas são pessoas pobres, analfabetas, e muitas vezes sem documentos pessoais, que buscam a “incrível oferta de emprego” oferecida pelos agenciadores de mão-de-obra, conhecidos como “gatos”, que atuam principalmente nos municípios pobres do Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará. Eles vão

parar em latifúndios localizados na área conhecida como “fronteira agrícola amazônica”, onde a mata nativa é devastada para ceder terreno a empreendimentos agropecuários.
O dia-a-dia é duro, e o trabalho do lavrador serve não só para pagar a comida. Os maços de cigarro para distrair e os litros de cachaças para aliviar a dor vão acabando com o salário miserável, e no fim do mês os papéis se invertem, é o empregado que deve ao patrão. O escravo contemporâneo não tem como comemorar, pois eles são privados de sua liberdade, seja por “capangas” armados ou pela distancia entre o latifúndio e a cidade mais próxima. O que resta como solução é trabalhar, fugir ou rezar para que fiquem vivos. Foi o que aconteceu com Cláudio dos Santos Pontes, de 34 anos, em 2006. Após trabalhar por 90 dias na Fazenda Cristalina, em São Felix do Xingu, Sul do Pará, conseguiu um acordo trabalhista de R$1.400 na Vara do Trabalho de Redenção. Junto com o acordo um aviso: "Você vai pegar esse dinheiro, mas não vai desfrutar dele". Foi o que ouviu o trabalhador rural, de Francisco de Araújo, dono da Fazenda. Dois meses após a sentença, o lavrador levou três tiros de um pistoleiro, mas conseguiu sobreviver e fugir da cidade às pressas com sua família. Acontecia naquela região mais um acerto de contas feito pela “justiça paralela” do sul do Pará, a justiça dos fazendeiros.

A escravidão contemporânea
Segundo a Conatrae (Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo), criada em 2003 para acompanhar e fiscalizar a implantação do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, a escravidão contemporânea é diferente da antiga, mas rouba a dignidade do ser humano da mesma maneira. Ela não faz diferença se a pessoa é negra, amarela ou branca. Os escravos são miseráveis sem distinção de cor ou credo. Entretanto, a nova escravatura ainda possui resquícios da antiga, pois continua mantendo a ordem por meio de ameaças, terror psicológico, coerção física, punições e assassinatos. Outra característica da escravidão moderna está no porte econômico dos escravagistas. Ao contrario do que poderiam pensar muitos desses são grandes empresários, pessoas de posses que simplesmente buscam o lucro cada vez maior e o mínimo de gastos possível. A soma da pobreza generalizada com a impunidade dos crimes cria condições favoráveis para que as

práticas de escravização sejam estabelecidas, transformando o trabalhador em objeto de um sistema falho, que funciona às vistas da sociedade em geral, inclusive das autoridades competentes.

A real situação dos trabalhadores das regiões sul e sudeste do Pará
Em entrevista cedida ao Jornal O Globo, em setembro de 2006 , Elda Machado, advogada conhecida por defender os lavradores no escritório da CPT (Comissão Pastoral da Terra) em Tucumã, a 100 quilômetros de São Félix do Xingu, falou da situação a qual se encontravam os trabalhadores que lutavam por seus direitos naquele ano; “aqui, os inquéritos policiais são mal elaborados, mal conduzidos e acabam não dando em nada. Se você tem dinheiro, você manda. Os trabalhadores são aliciados pelos gatos e ameaçados de morte ainda durante o período de trabalho, para que não tenham coragem de brigar por seus direitos. Cuido do caso de um trabalhador, seu Domingos, que foi dispensado e, ao tentar acertar as contas, ouviu do patrão: "Quanto vale a sua vida e de sua família? É o que você tem a receber", explica. Trabalhadores como Cláudio, seu Domingos e milhares de outros espalhados pelo Brasil, continuam reféns da justiça paralela imposta por latifundiários da região. Pessoas pobres com famílias inteiras vivem à sombra de seus opressores, empresários protegidos por “jagunços” fortemente armados, que executam impiedosamente quem tenta receber pelo seu trabalho. A certeza da impunidade é um dos principais fatores para que esses produtores continuem agindo assim. Até hoje, a única solução encontrada para tentar para educá-los ou reprimi-los foi expor seus nomes na “Lista Suja” e fazer com que isto cause prejuízos aos seus bolsos.

Serviço: Para denunciar o trabalho escravo, você deve procurar a Delegacia Regional do Trabalho - DRT, o Ministério Público do Trabalho, ou ligar diretamente para Secretaria de Inspeção do Trabalho em Brasília. O número é (61) 3317-6435. A identidade da pessoa que denuncia é preservada. A Delegacia Regional do Trabalho (DRT/PA) está localizada na Rua Gaspar Viana, nº 284. Telefone: 3211-3500. E o Ministério Público, na av. Nazaré, nº 766. Telefone: (91) 3241-6555

Portel em Foco Publicou

26.5.08


NA MIRA DOS BANDIDOS

Por volta das 16 horas do domingo, os homens foram presos na viscinal Transcametá. Segundo a polícia, cinco deles estavam em uma caminhonete de modelo D-20 e os outros quatro estavam e um veículo do modelo corsa sedan. O grupo dirigia às margens do rio Pacajá, de onde pretedia atravessar de lancha até o município vizinho.

A polícia já investigava o bando há um mês. Em interrogatório, eles confessaram o crime que seria praticado hoje, dia do pagamento de funcionários de uma madereira em Portel(CIKEL). O grupo já tinha passagem pela polícia por assalto a bancos e roubo de carga. Eles são de Tucuruí, Itupiranga e outros estados brasileiros.

Os bandidos estão na Delegacia de Tucuruí e devem responder pelos crimes de tentativa de assalto, porte ilegal de armas e formação de quadrilha. Eles serão transferidos para casas penais de Belém amanhã. A polícia local ainda investiga outros envolvidos na quadrilha e a procedência dos veículos.

AMISTOSO DA SEL.MASCULINA DE VOLEY


O AMISTOSO MARCADO PARA O DIA 31 DE MAIO CONTRA O SELECIONADO DE MARITUBA SERA NO GINASIO DE ESPORTE DE PORTEL E TERA O INGRESSO NO VALOR DE R$3,00
A SELEÇÃO TREINA VISANDO O BI CAMPEONATO NO JOGOS ABERTOS DO PARÁ

Copa dos Times Campeões


o jogo pela copa dos times campeões o união fabril esporte clube de portel
não tomou conhecimento do time do "praia grande" (de ponta de pedra) aplicando uma goleada de 6x1, no inicio do primeiro tempo o time de ponta de pedras empatava o jogo em 1x1 pecou pela inesperiencia de seus jogadores que perderam muitos gols
do lado do fabril que jogava em casa com apoio da torcida e com time mais experiente massacrou o jovem time do praia grande.
no proximo domingo o fabril ira a ourém jogar contra o campeão local(são sebastião)


FUTSAL CAMPEONATO PARAÉNSE 2008 1º DIVISÃO

PORTEL 4 X 1 BELEM

Veja os Gols

25.5.08

MOMENTOS















MANDIOCA MOLE 2008


JUNHO EM PORTEL
Evento: Festival da Mandioca Mole
Data: 28 a 29 de junho
Local: Rua Hogo Saboia
Promoção: Associação dos Amigos da Mandioca Mole - AMAMOLE
Fone: (91) 3784-0245
Fax: (91) 3784-1163
E-mail: curereproducoes@yahoo.com.br

Em breve atraçôes do evento

PORTEL INCRIVEL Parte 6


Portel recebe a Seleção Brasileira de Futebol Máster
Craques como Dada maravilha, Zenom, Paulinho Maclaren e Edu, que encantaram multidões nos estádios do País e do Mundo estarão em ação em Portel
Essa seria a noticia de capa na decada de 80
so que o celecionado brasileiro, (que vinha em barco particular) entrou pelo rio errado vindo a chegar na cidade após as 18 Hrs sem iluminação para o jogo o time jantou na cidade tirou umas fotos e foi embora.

24.5.08

FOTOS AÉREA DE PORTEL


VISTA AÉREA CAXIÚANA (ANAPÚ)


VISTA AÉREA (MADONA) ALTO PACAJÁ


VISTA AÉREA DO ELMO (PACAJÁ)


VISTA AÉREA PRAIA DA TUCANO


VISTA AÉREA DA PRAIA DO ARUCARA


VISTA AÉREA DA PRAIA DO MANGUEIRÂO


VISTA AÉREA VILA CIKEL (Pacajà)

23.5.08

Portel recebe Programa Territórios da Cidadania



O governo do Estado tem garantido para esse ano, através do Orçamento Geral do Estado (OGE), R$ 394 milhões para a Região do Marajó. O anúncio foi feito pelo secretário de Integração Regional André Farias, em Portel, arquipélago do Marajó, durante a instalação do Colegiado Territorial que vai definir como serão investidos os mais de R$ 128 milhões destinados por este programa do governo federal ao Marajó.

A Secretaria de Estado de Integração Regional (Seir) é a coordenadora do Comitê de Articulação Estadual do programa no Pará. No total, o Pará incluiu no Programa Territórios da Cidadania cinco territórios, englobando 67 municípios, com verbas de R$ 1 bilhão 226 milhões.

André Farias disse que é inadmissível que uma jovem se prostitua e garantiu que a governadora Ana Júlia está se empenhando ao máximo para combater essa chaga social que há décadas dilacera a sociedade marajoara. Para isso, logo no início de seu mandato a governadora criou a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, que estabeleceu um plano de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Em maio as primeiras ações começarão a ser implantadas. “Nós não vamos deixar esse problema virar bandeira daqueles que sempre se alimentaram desse mal”, alertou o secretário.

O secretário salientou que também “é preciso repensar o papel da família em relação à prostituição, pois não adianta programas sociais e investimentos no combate ao problema se a família não fizer o seu papel na orientação de seus jovens e crianças”. Ele acrescentou que as igrejas também têm que fazer sua parte, pois é um problema que envolve toda a sociedade.

André Farias lembrou que a governadora Ana Júlia assumiu o Estado com o orçamento do Marajó, deixado pelo governo anterior, de R$ 187 milhões e quase triplicou os recursos.

Instalação - Na ocasião, a população de Portel e Breves recebeu a notícia de que a linha de transmissão de Tucurui vai ser instalada em pouco tempo nesses dois municípios, dando fim às termelétricas, que consomem muito óleo diesel. Em seguida, outros municípios da região serão atendidos, beneficiando 400 mil moradores. São duas etapas de 18 meses cada, envolvendo R$ 378 milhões.

De acordo com o secretário, o presidente Lula, no pacto federativo para o desenvolvimento, lançou o PAC – Plano de Aceleração do Crescimento, em que o Marajó foi incluído, e o outro projeto foi Territórios da Cidadania, em que o Marajó também entrou. Além disso, existe o Bolsa Família para dar um reforço na renda familiar.

Outro projeto do governo que vai beneficiar o Marajó é o Rios de Saúde, que estará de 16 a 30 de abril em São Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Portel e Oeiras do Pará e depois será deslocado para a região do Tocantins e Baixo Amazonas. Há, ainda, a instalação dos conselhos municipais para erradicar os escalpelamentos nos rios paraenses.

André Farias também anunciou que o Projeto Rondon, do Ministério da Defesa, vai ser instalado em Bagre e Cachoeira do Arari, em que jovens serão contratados para prestação de serviços. E lembrou o projeto Luz para Todos vai reforçar o Territórios da Cidadania no Marajó.

Seis prefeitos participaram do evento: Pedro Barbosa,de Portel, Laércio Pereira, de São Sebastião da Boa Vista, Consuelo de Castro, de Ponta de Pedras, Raimundo Nogueira, de Gurupá, Jaime Barbosa, de Cachoeira do Arari e Telma Sena, de Bagre.
“Rios de Saúde” divulga balanço de atendimento em Portel




Da Redação
Agência Pará

Cerca de dois mil usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), residentes em Portel, foram atendidos mediante triagem durante três dias e meio de trabalho da expedição “Rios de Saúde”, realizada pelo governo do Pará em parceria com a Marinha do Brasil no navio auxiliar Pará. Graças à ação, o município também passou a contar com um comitê específico de erradicação dos acidentes com escalpelamentos. Portel foi a última das quatro cidades ribeirinhas que foram visitadas pela ação.

Números divulgados pela coordenação do trabalho indicam que, no período de 26 a 29 deste mês, 411 usuários foram atendidos pela Clínica Médica e outros 308 pela Pediatria. No setor de Oftalmologia, 326 pessoas foram examinadas em consulta, das quais 198 tiveram óculos prescritos. Demais dados do setor foram de óculos fabricados (96), armações doadas (102), medicação (19) e encaminhamentos (26).

O Lacen Ribeirinho, serviço disponibilizado pelo Laboratório Central do Estado, realizou 192 exames, além de 132 preventivos de câncer de útero (PCCU’s) e outros 11 encaminhamentos. O setor de Imunização aplicou 325 vacinas e outros 11 injetáveis, enquanto que 650 usuários verificaram a pressão arterial.


O setor de saúde bucal realizou 135 consultas, 618 procedimentos de restauração e outras nove obturações pelo método de tratamento atraumático em crianças. A coordenação também realizou 75 palestras, que foram direcionadas para cada grupo de 10 usuários.


As atividades em torno das boas práticas de escovação contaram com 782 participantes, entre adultos e crianças, que tiveram noções básicas para a prevenção de cáries com escovação supervisionada, aplicação de flúor e kit contendo escova e creme dental.

Em Portel, a ação de técnicos de Educação em Saúde e Assistência Social do governo do Estado, ligados à Sedes e à Sespa, articularam a criação do Comitê Municipal de Erradicação dos Acidentes com Escalpelamentos, que até então não havia no local.

O grupo, que agora vai atuar na luta pela prevenção de acidentes de escalpelamento e na procura de vítimas, conta agora com 16 integrantes, entre representantes do poder local e da sociedade civil, entre secretários, vereadores e associações de pescadores e barqueiros, além do Conselho Tutelar e membros das Igrejas Católica e Evangélica.

“Vamos também orientar essas pessoas a localizarem vítimas de escalpelamento no município, como forma de garantir direitos que muitos sequer sabem que existem. A vítima desse tipo de acidente fica traumatizada e muitas vezes não tem condições de voltar a trabalhar. Por isso deve ser assistida pelo poder público a fim de ser ressarcida pelo menos financeiramente”, complementa Soraia Reis.

Já a atuação dos técnicos da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que levaram atividades de cidadania aos moradores de Portel, rendeu 292 novas carteiras de identidade e 383 carteiras de trabalho, além da impressão de 1.190 fotografias 3x4.
Texto: Mozart Lira - Sespa

BATE PAPO PORTELENSE