12.6.08


Relatório culpa governo

BISPOS
O relatório cobra do governo do Estado ações mais enérgicas no combate ao narcotráfico e à exploração sexual infantil, deflagrada recentemente pelos bispos Dom Luiz Azcona, Dom Erwin Krautler e Dom Flávio Giovaneles - todos eles ameaçados de morte. A relatora diz que a governadora deve colocar, imediatamente, em funcionamento o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Marajó e uma série de políticas voltadas ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, ao tráfico de drogas, além do aumento de delegacias especializadas da infância e juventude e postos policiais pelos municípios do Estado.

Os relatos dos bispos são constantemente citados pelo relatório. Dom Luiz Azcona denunciou a Prefeitura do município de Breves, que, segundo ele, promove a exclusão social e persegue aqueles que discordam das políticas adotadas, ou pela falta delas, no município. Há registros também da população de Portel e Melgaço sobre o grande número de homicídios registrados, e do descaso e abuso das autoridades com as acusações que são feitas. Também é citado o tráfico de drogas, supostamente envolvendo pessoas influentes nos dois municípios.

De acordo com o documento, os representantes de Melgaço afirmam que a Justiça é ausente no município. A falta de juízes, promotores e defensores público contribui para desvios de verbas públicas federais. Além disso, há denúncias feitas pela população sobre a incidência da exploração sexual infanto-juvenil, nas balsas, no Rio Japuru. Até água potável falta na região. O relatório indica, como uma das políticas adotadas para solucionar o problema, uma maior fiscalização por parte da Controladoria Geral da União (CGU) e maior parceria dos órgãos de fiscalização com os movimentos sociais, que têm conhecimento da realidade local. Também exige acompanhamento e conclusão dos inquéritos policiais referentes às ameaças dos bispos e padres e outros denunciantes.

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