3.12.09

Centros de Testagem e Acompanhamento Aids portel(Ctas)
Os casos de Aids avançam pelo território do Pará e colocam o Estado na 14ª posição entre os de maior incidência da doença no Brasil. Pularam de 12,4 para 14,7 por 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde anunciou ontem, que a epidemia se estabilizou nos grandes centros urbanos, mas cresceu nos municípios menores. Barcarena, por exemplo, teve um crescimento espantoso da doença: pulou de 7,9 casos por cada 100 mil habitantes em 2006 para 32,0 em 2007.

Redenção também demonstrou crescimento no período passando de 18,0 para 28,6 casos. Os dois municípios e a capital Belém estão no ranking dos 100 municípios com 50 mil habitantes ou mais que apresentam maior taxa de incidência de Aids apresentada pelo Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde.

Belém aparece também como a 8ª capital com a maior taxa de incidência de casos de Aids: 30,7 por 100 mil habitantes. Ananindeua é o município que mostrou ter a maior taxa de aumento da incidência entre os 39 com mais de 500 mil habitantes entre 1997 e 2007.

Segundo Débora Crespo, responsável pelo departamento de assistência estratégica do município de Ananindeua, o aumento no número de casos na cidade aconteceu por conta da intensificação de programas de prevenção e controle da doença. “A doença sempre existiu. O que acontecia era que antes, quase não havia notificação dos casos. Hoje, com o aprimoramento nas campanhas, quem tem a doença, passou a procurar atendimento e os números passaram a aparecer”, explicou.

Débora disse ainda que existem no município programas específicos para o portador do vírus. Um deles é o “projeto Anani”, responsável por detectar pessoas que tenham a doença, mas, não sabem. “Selecionamos agentes comunitários para colherem nas comunidades fatores de riscos. Eles aplicam questionários com perguntas que possam detectar se a pessoa pode ter a doença ou não”.

Para os técnicos do Ministério da Saúde, a situação no Norte do Brasil, e em municípios como Ananindeua, Barcarena e Redenção, pode ser analisada de duas formas. A primeira pela busca de melhor atendimento médico. Quando o paciente procura tratamento e medicamentos em sua cidade de origem e não consegue ser atendido de forma adequada, ele normalmente migra em busca de melhor atendimento na rede de saúde pública de municípios com melhor estrutura de atendimento, como é o caso de Ananindeua.

A segunda hipótese pode ser a questão fronteiriça, a proximidade com áreas portuárias, onde a prostituição tem sido o grande desafio para conter o avanço da epidemia em todo o mundo.

AÇÕES PREVENTIVAS

O coordenador estadual de DST/AIDS da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), Lourival Marsola, revelou que para amenizar o problema, o Pará já conta com 12 Centros de Testagem e Acompanhamento (Ctas) e que nesta última quarta-feira foi aberto outro no município de Portel, ampliando o leque no controle da doença “que poderia ser evitada simplesmente, com o uso correto de preservativos”, finalizou Marsola. (Diário do Pará)

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