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Presos destroem delegacia de Portel durante rebelião
05/10/2009

Uma rebelião na madrugada desta segunda-feira (5) deixou a delegacia de Portel, na região do Marajó, destruída. Os 24 presos arrancaram as grades das celas e promoveram um verdadeiro quebra-quebra no local.

De acordo com o superintendente da região das Ilhas do Marajó, delegado Marcelo Ferreira de Souza Luz, os detentos iniciaram a rebelião por causa da superlotação das celas. 'Eles pedem a transferência dos presos condenados para uma casa penal', afirmou o delegado.

Os presos arrancaram as grades das celas e destruíram as paredes e todos os móveis da delegacia. Durante a rebelião, um preso acusado de estupro teve os dedos das mãos cortados pelos colegas de cela. Inicialmente, a polícia acreditou que ele havia morrido, mas depois foi encontrado e transferido de lancha, pelo Corpo de Bombeiros, para um hospital de Breves.

Ainda segundo Marcelo, policiais civis de Breves foram deslocados para o município e conseguiram conter a confusão com o uso de spray de pimenta. 'Vinte minutos após nossa chegada a situação já estava controlada. Com o uso do spray de pimenta, os presos se entregaram e foram dominados pelos policiais. Todos foram algemados', contou o superintendente.

Como a delegacia de Portel ficou totalmente destruída, os 24 detentos foram encaminhados para Breves, que agora abriga 68 presos. 'A delegacia de Portel ficou sem condições de abrigar qualquer preso', afirmou Marcelo Luz.

O superintendente da região do Marajó informou que já solicitou a transferência de 21 presos condenados pela Justiça para presídios do Estado e aguarda vagas no sistema penal. 'O delegado geral garantiu que conseguiremos essa transferência. Devem ficar aqui apenas os que aguardam julgamento', afimou.

Um inquérito foi aberto para apurar o crime de lesão corporal grave e também os danos ao patrimônio público.