9.5.09

Vereador depõe na CPI da Pedofilia e diz que é perseguição política

Edição de 08/04/2009

O vereador de Portel, Adson Mesquita (PMDB) prestou depoimento, ontem, à CPI da Pedofilia da Assembléia Legislativa e disse que está sendo alvo de 'perseguição política' pelos adversários. Ele é acusado de ter abusado sexualmente de uma adolescente de 14 anos, em 2004. Porém, o vereador disse que nem conhece a adolescente que figura no processo como vítima. 'Isso é perseguição política. Nunca vi e nem conheço essa adolescente. Por isso, vim aqui para me defender e apresentar documentos que reuni sobre tudo isso', disse o vereador, que estava acompanhado na sessão do advogado João Nery.

Segundo o vereador, a adolescente teria caído em contradição nos dois depoimentos que prestou. No primeiro, que teria sido à polícia, ela teria dito que havia sido agarrada por dois homens e levada para a casa da sobrinha do vereador, onde teria sido abusada sexualmente por ele. Já no segundo - prestado à justiça - ela teria dito que havia ido ao encontro do vereador para apanhar um dinheiro para a mãe, ocasião em que teria sido agarrada pelo parlamentar e violentada.

Adson Mesquita acusou um ex-funcionário do Ibama, Amarildo Fomentini (morto há cerca de dois anos em um acidente de trânsito), de ter articulado a 'armação' contra ele. A adolescente teria sido trazida para Belém por Amarildo para prestar depoimento. O vereador também alega em sua defesa que os pais da menina também prestaram depoimento à justiça, este ano, e confirmaram que o vereador nem conhece a vítima. As cópias de todos os depoimentos citados por ele foram anexados e colocados numa pasta, que foi entregue, ontem, à CPI da Pedofilia durante o depoimento.

O vereador disse também que, antes de morrer, Amarildo teria sido exonerado do cargo que ocupava no Ibama por ter se envolvido em vários 'problemas' com madeireiros e empresários da região próxima a Portel. Após isso, ele teria trabalhado para um grupo político que teria iniciado uma ampla perseguição a Mesquita. Mas, o vereador não quis detalhar a qual partido político pertence o grupo e nem declinar nomes de possíveis adversários.

Mesquita disse, ainda, que durante essa 'perseguição', ele chegou a ser acusado pela mãe de uma adolescente, identificada como Luzileide Fernandes, de integrar uma rede de tráfico de adolescentes para a exploração sexual no exterior. De acordo com a denúncia um juiz e um delegado do município também integraria o esquema. No entanto, segundo ele - por ser uma denúncia infundada - não foi seque aberto um inquérito policial para apurar o caso.

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