9.5.09

Menina é atingida por bala perdida em Portel

Uma menina de sete anos foi baleada na cabeça, ontem pela manhã, no município de Portel, no Marajó. Ela estava em um barco com uma tia, prestes a voltar para casa, quando houve uma troca de tiros que acabou atingindo a menina. Ela foi trazida para Belém em estado grave.

Segundo informações de Dalcirene Lobato, 25 anos, tia da menina, a criança mora no rio Pacajá, próximo a Portel, e tinha ido até o município para fazer compras com a tia. As duas estavam no barco, quando houve uma troca de tiros entre dois homens. Blide Moura Braga, de 27 anos, perseguia Roberto Cezar Salazar, 23 anos, por causa de uma rixa entre os dois. Com uma arma caseira, Blide efetuou vários disparos e baleou Roberto, que pulou em um barco para fugir do rival.

Blide não teve qualquer preocupação em atingir os demais passageiros do barco e continuou os disparos. Um deles atingiu a cabeça da garota de sete anos, que perdeu bastante sangue no local. “Eu estava em casa quando fui avisada por telefone, fui correndo para o local, mas ela já estava sedada”, afirmou Dalcirene Lobato.

A polícia conseguiu prender o autor dos disparos que foi autuado em flagrante pelo delegado Adalberto Cardoso e responderá pelo crime de tentativa de homicídio. A menina foi encaminhada para a capital paraense, devido o estado delicado em que ela se encontrava. Com o apoio da Prefeitura de Portel, Letícia foi transferida para Belém em um avião que chegou à capital por volta das 16h de ontem.

Mas, ao desembarcar em Belém, a família ainda foi obrigada a esperar uma ambulância para transportar a menina para o hospital. A angústia da tia era grande, já que a menina estava com febre e sua cabeça sangrava bastante. Uma unidade do Samu (192) chegou 20 minutos depois.

A criança foi levada para o Hospital Metropolitano, onde passou por uma cirurgia para a retirada do projétil. O quadro clínico da menina no início da noite de ontem era estável e ela permanecia em observação na UTI Pediátrica do Metropolitano. (Diário do Pará)



PORTEL


A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher na tarde de anteontem, no município de Portel, na Ilha do Marajó. Segundo investigadores da cidade, Lucimar de Oliveira Gomes, de 41 anos, morava no Km-18 da Rodovia Portel-Tucuruí e foi encontrada morta no quilômetro 12, próximo à lavoura onde trabalhava. A Polícia ainda não tem pistas de quem cometeu o crime.

O companheiro de Lucimar, Manoel do Socorro Mendes dos Santos, foi quem acionou os policiais. Eles conviviam há oito meses. Segundo Manoel, Lucimar saiu com ele por volta das 6 horas de ontem para trabalharem na lavoura. Chegando lá, Lucimar disse ao companheiro que iria fazer compras na cidade e no final da tarde se encontraria com Manoel para voltarem juntos para casa. Manoel permaneceu na roça e Lucimar foi para a cidade.

Por volta das 17 horas, um amigo de Manoel o procurou para dizer que havia encontrado o corpo de uma mulher à beira da rodovia. Ele foi ao local e constatou tratar-se de sua companheira. Lucimar foi morta com vários golpes nas mãos, nos braços, no pescoço, nos ombros e no seio direito. A Polícia investiga o assassinato. A hipotése de latrocínio foi descartada, pois os objetos da vítima ainda estavam no local. O corpo de Lucimar foi levado para o necrotério do Hospital Municipal de Portel.


PF apreende 107 quilos de cocaína

Edição de 21/11/2008

Portel
Droga estava no casco de voadeira. Três homens foram presos em flagrante.

Policiais federais apreenderam 107 quilos de pasta-base de cocaína, no município de Portel, na ilha do Marajó. A droga estava no casco de uma voadeira (embarcação veloz). Três homens foram presos em flagrante. É, em menos de um mês, a segunda apreensão de droga com as mesmas características. As detenções foram feitas no final da tarde de quarta-feira, 19.

Ontem à tarde, homens do Corpo de Bombeiros 'rasgaram' o casco da lancha, de onde os agentes retiraram a pasta-base de cocaína. Segundo os policiais federais, a voadeira saiu de Tabatinga, no Estado do Amazonas, cidade que faz fronteira com a Colômbia. Na embarcação, viajavam Francirlei Santos Leão, 22 anos, Janes Torres de Almeida, 42, ambos de Tabatinga, e Raimundo Lobato Moreira, 36 anos, paraense de Portel. Os três foram presos. Conforme os agentes, Raimundo saiu de Portel e foi se encontrar com os outros dois homens em Manaus.

De lancha, os três seguiram para Portel, provavelmente seguindo as coordenadas dadas pelo paraense. A viagem, de Tabatinga àquela cidade no Marajó, durou 20 dias, informou o agente Fernando Sérgio Castro, assessor de imprensa da Polícia Federal. Segundo o delegado Eduardo Passos, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF, as investigações começaram há 30 dias. Ele lembrou que, no mês passado, os agentes fizeram uma apreensão semelhante, em que a droga também estava no casco de uma embarcação.


ANDAMENTO


O delegado Eduardo Passos disse que as investigações continuam em andamento, até para descobrir se há conexão entre a apreensão de agora e a do mês passado. Os primeiros indícios apontam que pode, sim, haver ligação entre os dois grupos de traficantes, mas somente as apurações poderão confirmar, ou não, essas suspeitas. O chefe da DRE acredita que a droga seria comercializada no Pará. E que tudo indica que a pasta de cocaína é oriunda da Colômbia, o que também deverá ficar esclarecido no decorrer das investigações. Tabatinga faz fronteira ainda com o Peru.

De Portel até a capital paraense, a lancha foi transportada em uma embarcação da Delegacia de Polícia Marítima (Depom), da Polícia Federal. Durante o interrogatório, o delegado Eduardo Passos perguntaria aos presos detalhes sobre o transporte da cocaína. Os acusados foram autuados por tráfico de entorpecente. Eles vão continuar presos, à disposição da Justiça Federal.

À pasta-base seriam adicionados produtos como solução de bateria e barrilha, que aumentam a quantidade do produto em duas ou até vezes, garantindo, assim, mais lucros aos traficantes. Somente este ano, a PF apreendeu mais de uma tonelada de cocaína no Pará, acrescentou o delegado Eduardo Passos.

O cão labrador 'Max', da PF, foi usado para indicar onde havia droga na embarcação. Sob o comando do sub-tenente Mathias, do 11º Subgrupamento Bombeiro Militar, que funciona no Comando Geral da corporação, os bombeiros começaram seus trabalhos por volta das 15h40. Para serrar a lancha, eles usaram dois tipos de equipamentos. Um moto esméril, utilizado para cortar ferro e concreto, e um equipamento que parece um alicate gigante e é chamado de 'desencarcerador'. Esse material é empregado em acidentes de carro, quando as vítimas ficam presas nas ferragens. A operação deu muito trabalho aos bombeiros, que concluíram o serviço por volta das 17h10.

Em outubro, 70 quilos foram apreendidos

Em outubro, a PF apreendeu mais de 70 quilos de pasta-base de cocaína. À época, três pessoas também foram presas: Acendino Santos, 33 anos, Everton Serrão de Souza, 22, e Cléber Rogério Souza, 29. Naquela ocasião, o delegado Eduardo Passos explicou as prisões eram resultado de cerca de dois meses de investigações e de um trabalho intenso da inteligência da PF no monitoramento de grupos e pessoas nos Estados do Pará e Amazonas.

A droga apreendida estava escondida no casco de uma pequena lancha. Segundo as investigações da PF, o início da viagem da balsa teria ocorrido na cidade amazonense de Tabatinga, rota usual da droga que chega ao Brasil vinda de Letícia (Colômbia), mas a lancha com a droga só teria sido embarcada em Santarém, cidade do oeste paraense. Com a droga sendo monitorada passo-a-passo, a PF esperava para o início da tarde daquele dia a chegada da balsa em Belém. Policiais miiltares e rodoviários federais ajudaram na operação. PM e PRF levaram para o porto a cadela 'Lua' e o cachorro 'Figo', cães farejadores treinados para localizar entorpecentes.

Conforme as expectativas da Polícia, a droga chegou por volta das 15 horas, em um porto localizado na avenida Bernardo Sayão. Os policiais ficaram de campana e só agiram no momento em que três homens chegaram em um Siena preto para receber a lancha.

Acendino, Everton e Cléber estavam no veículo. Dois dos acusados negaram ter conhecimento de que haveria droga na lancha e apenas Cléber confessou que estava ali para pegar o entorpecente. Ele declarou ainda que receberia R$ 10 mil pelo serviço. Everton e Acendido alegaram que foram contratados por Cléber para ajudar no transporte da embarcação. Everton, o mais novo do trio, disse que era o único a possuir carteira de habilitação e que, por isso, foi chamado por Cléber, para que dirigisse o veículo até o porto e depois, um suposto caminhão, que faria o transporte da lancha, mas não soube dizer para onde. O destino da droga e o comprador são questões que a PF ainda tentará descobrir partir do depoimento dos acusados.

A lancha foi levada para a sede da PF em Belém e lá, também com a ajuda do Corpo de Bombeiros, foi 'descascada', revelando as dezenas de pequenos pacotes que recheavam o casco. No dia da apreensão, a Assessoria de Imprensa da PF informou que os 103 tabletes apreendidos configuravam a maior apreensão de pasta base de cocaína feita este ano, mas essa quantidade foi superada com a descoberta, ontem, de 107 quilos do mesmo tipo de droga.

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BATE PAPO PORTELENSE